30.10.11

bem acompanhados

Hoje tivemos um ensaio tranquilo e produtivo com a participação da pianista Ivana Paschon.

Primeiro, puxei bastante o aquecimento, com grande quantidade de vocalizes e também aumentando a extensão. 

Em seguida, passamos a Có,có,có. As primeiras tentativas de entrada em conjunto com a pianista foram até engraçadas, não deram certo. Depois de combinar algumas coisas com ela (precisava conseguir respirar com o coro e entrar no tempo), a entrada fluiu melhor. Tivemos que relembrar a terceira voz, dos homens, porque inicialmente  eles entraram com tudo na linha de soprano duas oitavas abaixo... Após algumas passagens, estávamos bem melhor.


Depois de trabalharmos a Có,có,có com a Ivana, passamos uma vez o repertório todo, na ordem definida semana passada. Repeti algumas das execuções e novamente tratamos do cuidado com o tom inicial de cada peça, de como isso vai funcionar no concerto. Ficamos todos felizes com a passagem de Vira virou! Parece que esta peça finalmente "virou música"!

Hoje também começamos o acompanhamento de Yesterday. O tenor Kiyoto conseguiu cantar e tocar ao mesmo tempo. Depois da segunda parte, ele prosseguiu ao violão com o acompanhamento harmônico. No próximo ensaio, devemos contar com a participação do violão do Heitor Isoda solando com a melodia. Ivana deu uma sugestão que fuincionou muito bem: nessa parte instrumental, contraltos, tenores e baixos executaram a melodia em boca chiusa. Ficou muito bonito! Heitor assistiu a essa etapa final do ensaio, para saber como deverá fazer na semana que vem. Por último, passamos a Có,có,có novamente. 

A pianista Ivana deve estar presente ao próximo ensaio! Os dois ensaios que restam serão de aperfeiçoamento do repertório (ainda preciso ensaiar o corte dos cânones) e de ajustes e definições para o concerto do TCC.

23.10.11

passagem geral

Hoje tivemos mais um ensaio com o coro completo. No aquecimento, introduzi um vocalize novo, com a sílaba "bla", para relaxar  musculatura nesta etapa final de 2011. Em seguida, conversamos sobre uma ordem apra o programa do concerto do TCC. Determinamos a seguinte ordem para ser testada no ensaio de hoje: Señores cantores, Shalom, Alleluia, Kysha, Vira, Occhi, Yesterday, Có,có,có. 

Antes de passarmos essa sequência sem intervalo entre as músicas, procurei trabalhar alguns pontos que tinha considerado problemáticos no último ensaio: a linha de tenores em Yesterday e contraltos no final do Vira

A passagem do programa durou aproximadamente vinte minutos, após o que fizemos as seguintes anotações:
-trabalhar a dinâmica no Shalom, para trabalhar o encerramento da peça;
-trabalhar a minha regência em O Occhi (sinto que está bem ruim, prejudicando o desempenho do coro, já que não parece haver mais dúvidas em relação à leitura da peça e o resultado sonoro ainda está aquém do que pode ser;
-trabalhar a afinação em Yesterday.

Dedicamos os trinta minutos finais do ensaio ao trabalho desses itens. 

No Shalom, conseguimos produzir uma dinâmica mais gradual e definir uma dinâmica para o final: por sugestão do baixo Gil, vamos reduzir a dinâmica no meio do cânone, porém terminar com o coro cantando forte. Semana que vem preciso conseguir executar melhor o encerramento.

Ao repassar a O Occhi, notei um melhor resultado. Vou estudar o que fazer até o ensaio que vem.

A afinação do Yesterday foi novamente revista com os tenores; em seguida, juntamos tenores e baixos; depois, tenores, baixos e contraltos. Finalmente, passamos todas as quatro vozes. Depois deste trabalho, tivemos um resultado sonoro muito bom! Ainda existe a possibilidade do Heitor tocar violão nesta música. Depois do esaio, trabalhei a harmonia da peça com o tenor Kiyoto ao violão. Semana que vem será a data limite para juntarmos os instrumentos com o coro.

16.10.11

separados e juntos

Hoje tivemos vários ensaios em um. Começamos aquecendo os naipes de soprano e contralto. Pedi para que os coralistas (exceto Lucas) caprichassem no apoio e imaginassem um som mais encorpado, mais "mulherão".

Em seguida, trabalhei com contraltos repassando todas as peças do repertório. O foco do trabalho com este naipe foi a afinação, principalmente a dos saltos melódico sde meio tom. Também observei o aspecto do timbre e testamos posições das integrantes até encontrar aquela mais confortável para todas elas (a que corresponde à melhor sonoridade). 

Antes de ouvir as sopranos, juntamos os dois naipes para passar o repertório em que ambos cantam em uníssono: Alleluia, Cantem señores e Shalom. A passagem de Cantem señores foi especialmente animada. Distribui algumas frutas que estavam na sala entre os coralistas para entrarmos no espírito de "festa da colheita" de que imaginamos para esta peça e a execução saiu bastante expressiva! 

No ensaio só com os sopranos, em seguida, o ponto que exigiu maior dedicação foi a fixação do ritmo em O occhi. A melodia e texto de Yesterday e Kysha já estão mais firmes.

No aquecimento com os naipes masculinos, também pedi mais corpo e tonicidade aos coralistas. Na passagem do repertório uníssono, precisei reler a Có,có,có, procurando acertar os saltos de sétima maior e menor exigidos nos versos finais da música.
Aos tenores, pedi bastante apoio e que acreditassem nos agudos em todas as passagens mais exigentes, no Vira, Occhi e Yesterday. No Vira, trabalhamos também o andamento, que tem atrasado um pouco devido às notas pontuadas na introdução e na parte intermediária.

Com os baixos, procurei trabalhar a afinação nos saltos, pedindo leveza na sua realização. Pedi para que eles canalizem a energia para a tonicidade em vez de direcionarem tudo à dinâmica, especialmente nas peças e trechos em que soprano precisam aparecer mais.

Na sequência, juntamos todas as vozes mantendo a formação criada na semana passada, com os coralistas em duas fileiras. No geral, obtivemos bons resultados. Cuidei para regular o momento em que cada naipe confere a afinação, antes de começar a peça. Propus que me devolvessem o tom dado com boca chiusa, mas provavelmente teremos que usar ou uma vogal padrão ou continuar usando a primeira sílaba da música. Na maioria das peças, precisamos recomeçar para acertar o andamento. Espero que as diretrizes passadas hoje tornem esse início mais imediato no ensaio que vem. Após essa passagem geral pelo repertório, anotei pontos para trabalharmos na próxima semana:
-afinação de contraltos na cadência final de Vira virou (contraltos já responderam muito prontamente ao trabalho de afinação de hoje! Estamos realmente em uma fase de lapidação);
-afinação de tenores em Yesterday;
-linha dos baixos no final do refrão de Vira virou (ponte para a repetição) e em um trecho do Kysha, além de conferir se a linha do Occhi está realmente ok).

O plano para a semana que vem é passar o repertório todo corrigindo o que foi observado hoje (o que inclui os ajustes necessários mencionados acima) e fazer uma passagem corrida de todo o repertório, já no esquema do que será o concerto do TCC.


8.10.11

sábado!

Primeiro vez que ensaiamos em um sábado e mais um ensaio com o coro completo. 

Começamos conversando um pouco sobre a experiência da semana, com a presença do tenor Rogerio. De modo geral, todos gostaram de poder visualizar um limite mais estendido das suas possibilidades vocais no momento, com os vocalizes bastante "puxados" que o Rogerio conduziu. Os baixos sentiram-se especialmente inspirados para cantar. Ficou claro que a experiência foge um pouco da proposta do canto coral, mas que, mesmo dentro de um trabalho com canto coral, é importante atentar para o canto de um modo mais totalizante, até para justamente expandir os limites do que é possível fazer. Assim, nos aquecimentos, depois dos vocalizes "operísticos" propostos pelo Rogerio, introduzi três vocalizes com outras consoantes (que não o "s") e aumentei a extensão para todos os naipes.

Em seguida, a meta de hoje era passar todo o repertório com ênfase na interpretação. Para isso, tive que me concentrar muito na minha regência. Eu expliquei ao coro que, agora que eles têm o repertório lido, eu precisava reduzir meu espaço de atuação e tentar "arrancar" a expressividade do coral com um mínimo de gestos e zero de "caminhada". Kiyoto propos que eu ficasse sobre um tapete. Dobrei o tapete até ele ficar um quadradinho da largura do meu quadril e tentei me manter apenas sobre ele. Viviane chamou atenção para a flexão que eu estava fazendo nos joelhos. Comecei a tentar parar com tudo isso e realmente concentrar em reduzir o gesto todo a um mínimo.

Começou a chover logo no início da passagem do repertório. Não sei se foi o tempo abafado e chuvoso, com pouca luminosidade, mas estava difícil segurar a afinação. Precisamos redobrar a concentração para dar mais certo. O Kyshá saiu bastante bom. Pedi para os sopranos "cantarem" ainda mais o começo do texto (tentei pedir com gesto e depois oralmente). Então a Katia sugeriu que os sopranos estivessem mais ao centro do palco. Não concordei em inverter a posição dos naipes na linha, mas disse que poderia haver uma outra formação com sopranos a esquerda e tenores atrás e contraltos a direita com baixos atrás. Refizemos o Kyshá e saiu bem melhor!

A partir daí, conservamos a formação para executar as outras peças.

Vira virou saiu melhor do que todas as vezes anteriores! Afinação e fluência, ficou bem bom. Percebi que ainda precisamos calibrar os tenores ritmicamente, estão atrasando. Sopranos comentaram ao final que se sentem cansadas após cantarem o Vira. Disseram que é um cansaço geral, não um cansaço vocal. Acho que eles ainda devem estar respirando um pouco "em cima", no peito. Seria bom trabalharmos isso. Fiquei muito satisfeita com a execução do Vira e com o fato de estar enxergando, aos poucos, pontos a serem trabalhados pelo coro nos naipes. Decidi manter o ensaio de naipes na semana que vem.

Ainda há dúvidas no naipe de sopranos na execução da Occhi e será bom que eu trabalhe de uma maneira mais analítica até o ensaio que vem para propor as diretrizes de interpretação com mais clareza, verbalmente e na minha regência. Um poto positivo é o de que a peça está bem afinada!

No Yesterday, tivemos uma primeira execução ruim e uma segunda execução que foi a melhor de todas as vezes. Consegui com a regência trabalhar a dinâmica da peça! A formação em duas fileiras mostrou-se realmente muito eficiente, também para a afinação. Sopranos conseguiram cantar melhor a melodia principal. Ainda preciso escutar melhor os tenores. Os baixos soaram mais equilibrados na nova posição atrás de contraltos.

A Cococó saiu "de prima", sem que tivéssemos que relembrar as vozes. Em seguida, toquei mais ou menos os acordes da introdução (arranjo com piano) e os naipes conseguiram encontrar a afinação a partir deste acompanhamento! Fiquei muito satisfeita. Se conseguirmos um pianista, dá até vontade de ler mais uma peça do Guia prático com o coro, eles assimilaram tudo muito rápido. Particularmente, gostei bastante de reger uma peça totalmente homofônica!

Terminamos o ensaio com uma regência / exercício de dinâmica a partir do Shalom. Foi meio improvisada, mas foi um bom exercício.

Próximo ensaio, então, será ensaio de naipes (das 13h30 às 17h) e ensaio com todos das 17h às 18h (só para juntar o que for visto nos naipes). Meta: passar o repertório todo lido até agora.

2.10.11

visitante tenor!

Hoje o ensaio foi especialmente animado, com a visita do tenor Rogerio Urquizas e a presença do coro completo. Começamos, com meia hora de atraso, pelo exercício de respiração que fazemos toda semana. Em seguida, Rogerio entrou com uma série de vocalizes que desafiaram as habilidades do coro no trabalho de ressonância, projeção, sustentação e agilidade. Rogerio é cantor lírico e conduziu o aquecimento com exercícios para "arrancar" a voz dos coralistas. Procurei deixa-lo à vontade na condução; apenas reforcei ao coro em alguns momentos a importância de se manter o tempo todo um bom apoio.

Após os vocalizes, iniciamos a leitura de Có,có,có, de Heitor Villa Lobos (ver partitura abaixo). Como a peça é homofônica, passei o texto "falado no ritmo" ao grupo todo. Decidi não apresentar a partitura nesta hora (distribuí no final do ensaio). Cobrei do coro que as entradas e respirações estivessem de acordo com a minha mão, mesmo sem a presença da melodia naquele momento. Em seguida, Rogerio foi para a outra sala com os naipes masculinos e eu permaneci com mulheres e soprano Lucas na sala habitual de ensaio passando a voz de sopranos e contraltos. A melodia tem saltos dissonantes para os padrões do sistema tonal diatônico. Ainda vamos precisar calibrar essas chegadas, mas a leitura de modo geral fluiu bem. Na outra sala, com auxílio de um teclado, Rogerio aproveitou o "tempo extra" (a Có, có, có é escrita a três vozes e os naipes masculinos cantam a mesma linha) para escutar os homens no Vira virou e passar uma alteração que programei na linha dos baixos, para agilizar o retorno na repetição do refrão.

Acabamos migrando para essa outra sala para juntar as três vozes do Có, có, có (a junção de soprano e contralto já tinha sido bem sucedida!) e logo na primeira vez já saiu muito bom! Aproveitamos para passar Alleluia, Cantem señores cantores, Kysha e Vira virou. A última saiu ainda meio arrastada. Como o som naquela sala tende a ficar muito "espalhado" (a sala não deixa ouvir como está realmente a distribuição dos pesos nas vozes), voltamos à sala orginal. Preciso ainda de leveza nos naipes de soprano e contralto. Tenores aida tendem a atrassar algumas passagens (as pontuadas) e baixos ainda precisam acertar afinação e controlar o volume, mas já melhoraram bastante e o ensaio de hoje com o Rogerio foi muito produtivo, especialmente em relação à performance dos homens.
Em seguida, passamos o Occhi. Como o final não estava bom devido à dúvidas ainda de leitura, Rogerio propos nova separação do grupo pra ensaio de naipe. A volta teve grandes melhoras! O mesmo aconteceu na execução do Yesterday. Nesse caso, pedi para sopranos realmente estudarem a sua parte, porque o coro precisa que o naipe (que indiscutivelmente tem a melodia "principal") esteja bem fluente para que a música aconteça.

Passamos a Có,có,có mais uma vez (foi necessário relembrar rapidamente algumas partes, mas a música saiu muito bem) e terminamos o ensaio com Shalom. (Semana que vem vamos trabalhar dinâmica a partir desta peça, a partir de sugestão do baixo Gil).

Depois disso tudo, foi a vez do Rogerio dar uma amostra da performance de um tenor. Ele cantou uma zarzuela (No puede ser) e uma ária da ópera Macbeth (Ah la paterno mano). Todos nós agradecemos muito ao Rogerio pelo ensaio animado e produtivo com a sua participação!