8.10.11

sábado!

Primeiro vez que ensaiamos em um sábado e mais um ensaio com o coro completo. 

Começamos conversando um pouco sobre a experiência da semana, com a presença do tenor Rogerio. De modo geral, todos gostaram de poder visualizar um limite mais estendido das suas possibilidades vocais no momento, com os vocalizes bastante "puxados" que o Rogerio conduziu. Os baixos sentiram-se especialmente inspirados para cantar. Ficou claro que a experiência foge um pouco da proposta do canto coral, mas que, mesmo dentro de um trabalho com canto coral, é importante atentar para o canto de um modo mais totalizante, até para justamente expandir os limites do que é possível fazer. Assim, nos aquecimentos, depois dos vocalizes "operísticos" propostos pelo Rogerio, introduzi três vocalizes com outras consoantes (que não o "s") e aumentei a extensão para todos os naipes.

Em seguida, a meta de hoje era passar todo o repertório com ênfase na interpretação. Para isso, tive que me concentrar muito na minha regência. Eu expliquei ao coro que, agora que eles têm o repertório lido, eu precisava reduzir meu espaço de atuação e tentar "arrancar" a expressividade do coral com um mínimo de gestos e zero de "caminhada". Kiyoto propos que eu ficasse sobre um tapete. Dobrei o tapete até ele ficar um quadradinho da largura do meu quadril e tentei me manter apenas sobre ele. Viviane chamou atenção para a flexão que eu estava fazendo nos joelhos. Comecei a tentar parar com tudo isso e realmente concentrar em reduzir o gesto todo a um mínimo.

Começou a chover logo no início da passagem do repertório. Não sei se foi o tempo abafado e chuvoso, com pouca luminosidade, mas estava difícil segurar a afinação. Precisamos redobrar a concentração para dar mais certo. O Kyshá saiu bastante bom. Pedi para os sopranos "cantarem" ainda mais o começo do texto (tentei pedir com gesto e depois oralmente). Então a Katia sugeriu que os sopranos estivessem mais ao centro do palco. Não concordei em inverter a posição dos naipes na linha, mas disse que poderia haver uma outra formação com sopranos a esquerda e tenores atrás e contraltos a direita com baixos atrás. Refizemos o Kyshá e saiu bem melhor!

A partir daí, conservamos a formação para executar as outras peças.

Vira virou saiu melhor do que todas as vezes anteriores! Afinação e fluência, ficou bem bom. Percebi que ainda precisamos calibrar os tenores ritmicamente, estão atrasando. Sopranos comentaram ao final que se sentem cansadas após cantarem o Vira. Disseram que é um cansaço geral, não um cansaço vocal. Acho que eles ainda devem estar respirando um pouco "em cima", no peito. Seria bom trabalharmos isso. Fiquei muito satisfeita com a execução do Vira e com o fato de estar enxergando, aos poucos, pontos a serem trabalhados pelo coro nos naipes. Decidi manter o ensaio de naipes na semana que vem.

Ainda há dúvidas no naipe de sopranos na execução da Occhi e será bom que eu trabalhe de uma maneira mais analítica até o ensaio que vem para propor as diretrizes de interpretação com mais clareza, verbalmente e na minha regência. Um poto positivo é o de que a peça está bem afinada!

No Yesterday, tivemos uma primeira execução ruim e uma segunda execução que foi a melhor de todas as vezes. Consegui com a regência trabalhar a dinâmica da peça! A formação em duas fileiras mostrou-se realmente muito eficiente, também para a afinação. Sopranos conseguiram cantar melhor a melodia principal. Ainda preciso escutar melhor os tenores. Os baixos soaram mais equilibrados na nova posição atrás de contraltos.

A Cococó saiu "de prima", sem que tivéssemos que relembrar as vozes. Em seguida, toquei mais ou menos os acordes da introdução (arranjo com piano) e os naipes conseguiram encontrar a afinação a partir deste acompanhamento! Fiquei muito satisfeita. Se conseguirmos um pianista, dá até vontade de ler mais uma peça do Guia prático com o coro, eles assimilaram tudo muito rápido. Particularmente, gostei bastante de reger uma peça totalmente homofônica!

Terminamos o ensaio com uma regência / exercício de dinâmica a partir do Shalom. Foi meio improvisada, mas foi um bom exercício.

Próximo ensaio, então, será ensaio de naipes (das 13h30 às 17h) e ensaio com todos das 17h às 18h (só para juntar o que for visto nos naipes). Meta: passar o repertório todo lido até agora.

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