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16.10.11

separados e juntos

Hoje tivemos vários ensaios em um. Começamos aquecendo os naipes de soprano e contralto. Pedi para que os coralistas (exceto Lucas) caprichassem no apoio e imaginassem um som mais encorpado, mais "mulherão".

Em seguida, trabalhei com contraltos repassando todas as peças do repertório. O foco do trabalho com este naipe foi a afinação, principalmente a dos saltos melódico sde meio tom. Também observei o aspecto do timbre e testamos posições das integrantes até encontrar aquela mais confortável para todas elas (a que corresponde à melhor sonoridade). 

Antes de ouvir as sopranos, juntamos os dois naipes para passar o repertório em que ambos cantam em uníssono: Alleluia, Cantem señores e Shalom. A passagem de Cantem señores foi especialmente animada. Distribui algumas frutas que estavam na sala entre os coralistas para entrarmos no espírito de "festa da colheita" de que imaginamos para esta peça e a execução saiu bastante expressiva! 

No ensaio só com os sopranos, em seguida, o ponto que exigiu maior dedicação foi a fixação do ritmo em O occhi. A melodia e texto de Yesterday e Kysha já estão mais firmes.

No aquecimento com os naipes masculinos, também pedi mais corpo e tonicidade aos coralistas. Na passagem do repertório uníssono, precisei reler a Có,có,có, procurando acertar os saltos de sétima maior e menor exigidos nos versos finais da música.
Aos tenores, pedi bastante apoio e que acreditassem nos agudos em todas as passagens mais exigentes, no Vira, Occhi e Yesterday. No Vira, trabalhamos também o andamento, que tem atrasado um pouco devido às notas pontuadas na introdução e na parte intermediária.

Com os baixos, procurei trabalhar a afinação nos saltos, pedindo leveza na sua realização. Pedi para que eles canalizem a energia para a tonicidade em vez de direcionarem tudo à dinâmica, especialmente nas peças e trechos em que soprano precisam aparecer mais.

Na sequência, juntamos todas as vozes mantendo a formação criada na semana passada, com os coralistas em duas fileiras. No geral, obtivemos bons resultados. Cuidei para regular o momento em que cada naipe confere a afinação, antes de começar a peça. Propus que me devolvessem o tom dado com boca chiusa, mas provavelmente teremos que usar ou uma vogal padrão ou continuar usando a primeira sílaba da música. Na maioria das peças, precisamos recomeçar para acertar o andamento. Espero que as diretrizes passadas hoje tornem esse início mais imediato no ensaio que vem. Após essa passagem geral pelo repertório, anotei pontos para trabalharmos na próxima semana:
-afinação de contraltos na cadência final de Vira virou (contraltos já responderam muito prontamente ao trabalho de afinação de hoje! Estamos realmente em uma fase de lapidação);
-afinação de tenores em Yesterday;
-linha dos baixos no final do refrão de Vira virou (ponte para a repetição) e em um trecho do Kysha, além de conferir se a linha do Occhi está realmente ok).

O plano para a semana que vem é passar o repertório todo corrigindo o que foi observado hoje (o que inclui os ajustes necessários mencionados acima) e fazer uma passagem corrida de todo o repertório, já no esquema do que será o concerto do TCC.


2.10.11

visitante tenor!

Hoje o ensaio foi especialmente animado, com a visita do tenor Rogerio Urquizas e a presença do coro completo. Começamos, com meia hora de atraso, pelo exercício de respiração que fazemos toda semana. Em seguida, Rogerio entrou com uma série de vocalizes que desafiaram as habilidades do coro no trabalho de ressonância, projeção, sustentação e agilidade. Rogerio é cantor lírico e conduziu o aquecimento com exercícios para "arrancar" a voz dos coralistas. Procurei deixa-lo à vontade na condução; apenas reforcei ao coro em alguns momentos a importância de se manter o tempo todo um bom apoio.

Após os vocalizes, iniciamos a leitura de Có,có,có, de Heitor Villa Lobos (ver partitura abaixo). Como a peça é homofônica, passei o texto "falado no ritmo" ao grupo todo. Decidi não apresentar a partitura nesta hora (distribuí no final do ensaio). Cobrei do coro que as entradas e respirações estivessem de acordo com a minha mão, mesmo sem a presença da melodia naquele momento. Em seguida, Rogerio foi para a outra sala com os naipes masculinos e eu permaneci com mulheres e soprano Lucas na sala habitual de ensaio passando a voz de sopranos e contraltos. A melodia tem saltos dissonantes para os padrões do sistema tonal diatônico. Ainda vamos precisar calibrar essas chegadas, mas a leitura de modo geral fluiu bem. Na outra sala, com auxílio de um teclado, Rogerio aproveitou o "tempo extra" (a Có, có, có é escrita a três vozes e os naipes masculinos cantam a mesma linha) para escutar os homens no Vira virou e passar uma alteração que programei na linha dos baixos, para agilizar o retorno na repetição do refrão.

Acabamos migrando para essa outra sala para juntar as três vozes do Có, có, có (a junção de soprano e contralto já tinha sido bem sucedida!) e logo na primeira vez já saiu muito bom! Aproveitamos para passar Alleluia, Cantem señores cantores, Kysha e Vira virou. A última saiu ainda meio arrastada. Como o som naquela sala tende a ficar muito "espalhado" (a sala não deixa ouvir como está realmente a distribuição dos pesos nas vozes), voltamos à sala orginal. Preciso ainda de leveza nos naipes de soprano e contralto. Tenores aida tendem a atrassar algumas passagens (as pontuadas) e baixos ainda precisam acertar afinação e controlar o volume, mas já melhoraram bastante e o ensaio de hoje com o Rogerio foi muito produtivo, especialmente em relação à performance dos homens.
Em seguida, passamos o Occhi. Como o final não estava bom devido à dúvidas ainda de leitura, Rogerio propos nova separação do grupo pra ensaio de naipe. A volta teve grandes melhoras! O mesmo aconteceu na execução do Yesterday. Nesse caso, pedi para sopranos realmente estudarem a sua parte, porque o coro precisa que o naipe (que indiscutivelmente tem a melodia "principal") esteja bem fluente para que a música aconteça.

Passamos a Có,có,có mais uma vez (foi necessário relembrar rapidamente algumas partes, mas a música saiu muito bem) e terminamos o ensaio com Shalom. (Semana que vem vamos trabalhar dinâmica a partir desta peça, a partir de sugestão do baixo Gil).

Depois disso tudo, foi a vez do Rogerio dar uma amostra da performance de um tenor. Ele cantou uma zarzuela (No puede ser) e uma ária da ópera Macbeth (Ah la paterno mano). Todos nós agradecemos muito ao Rogerio pelo ensaio animado e produtivo com a sua participação!


11.9.11

lapidação

Hoje tiramos o domingo para ensaiar os naipes. A única ausente foi a contralto Camila. Ensaiamos tenores e contraltos de manhã e sopranos e baixos à tarde. 

Alguns pontos comuns de dificuldade: a melodia do Alleluia, especialmente os saltos da terceira parte. E algo que agora é mais um desafio do que uma dificuldade: sustentar a afinação. Apenas hoje os coralistas foram cobrados quase individualmente (nos naipes) para afinar cada nota e manter a afinação ao longo da música. 

Os tenores continuam timbrando bem e precisando de mais apoio para arredondar os agudos.

Mesmo com o desfalque, foi bastante satisfatório perceber que o naipe de contraltos está ficando bem timbrado - vozes bastante diferentes como as da Katia, mais encorpada, e da Nara, que ainda tem muito para crescer, estão soando bem em conjunto!

As sopranos, sempre mais "abandonadas" nos ensaios por geralmente cantarem a "melodia principal", receberam bastante atenção hoje e pudemos resolver vários pontos de dúvida que ainda existiam, além de timbrar o naipe (era o naipe que mais me preocupava, pelas diferenças todas de idade e timbre! Estou bem tranquila com o que pude ouvir hoje!)

Os baixos conseguiram entender bem (na prática) a questão do apoio e estão se sentindo mais seguros para cantar.

Sopranos e contraltos conseguiram avançar um pouco a leitura do Você vai me seguir, que não vai ser apresentado, mas que tínhamos tomado como desafio no início. Não juntamos as vozes, mas a leitura da linha foi nitidamente muito mais simples do que na época em que começamos!

No final, consegui conversar com o Heitor sobre o arranjo de violão para o Yesterday. Daqui a duas semanas vamos ver como fica. 

O Kiyoto me passou um CD com mais imagens e vídeos do segundo ensaio no palco. Assim que possível, posto algo mais aqui no blog.

31.7.11

apoio máximo!

Hoje trabalhei técnica vocal com o tenor Yutaka (Kiyoto participou, embora o foco fosse o Yutaka). Passei a ele os exercícios de nota longa e avaliei os progressos que ele fez desde sua “descoberta do apoio” e vi que, apesar de ele ter entendido onde estava o apoio, ele não estava ainda usando o músculo corretamente e nos momentos necessários.

Em seguida, no ensaio geral (com desfalque de Viviane e Gil), aproveitei e propus a todo o grupo que buscasse perceber o apoio nesse momento imediatamente entre a entrada do ar e o ataque (seja do “s” da respiração ou da emissão do próprio som). Passei por todos eles, um de cada vez, e fiz com que eles percebessem esses movimentos no meu corpo (sentindo com as mãos minhas costelas se abrindo na entrada do ar e o músculo sendo contraído ligeiramente antes do ataque). Vi que isso foi muito bom para a compreensão deles e que, a partir dessa compreensão, eles podem aos poucos tornar natural essa prontidão do apoio na hora de cantar, começando por essa atenção durante os exercícios. Para “forçar” a percepção deste momento, ao reger o exercício de respiração em 4, 8 e 12 tempos, procurei fazer uma pausa justamente entre a tomada de ar e o ataque.

Depois do aquecimento, passamos o repertório todo uma vez. Olavo estava sozinho no naipe dos baixos, mas conseguiu sustentar o coro! Graças a isso, conseguimos imprimir ao Vira virou um ritmo mais andado e a música finalmente saiu mais fluida (e prazerosa para cantar e reger). Na sequência, avançamos a “junção” das vozes do Occhi, da primeira para o início da segunda parte.

Terminamos o ensaio cantando satisfeitos o Shalom.

24.7.11

naipes!

Hoje, diante de alguns desfalques previstos (Kátia, Yutaka e Lucas), programamos uma série de ensaios de naipe, que ao todo tiveram duração de mais de quatro horas e foram bastante produtivos.

Os ensaios consistiram do seguinte: com cada naipe em separado (portanto, com grupos de no máximo dois integrantes, sendo o dos tenores composto apenas pelo Kiyoto), trabalhei a respiração e os exercícios de nota longa. Fiz anotações sobre cada integrante, para conversar com o professor Marco no retorno, mas de modo geral notei uma melhora expressiva da parte de todos eles! Além da técnica, avançamos a leitura do Occhi, para podermos juntar as vozes em breve com todos.

26.6.11

jornada dupla

Hoje começamos mais cedo: fiquei duas horas só com os baixos trabalhando respiração e apoio. Passei o exercício de nota longa com eles e, em seguida, a atacamos afinação do Vira virou. Foi bastante produtivo e, no final, os percebi mais seguros para apoiarem o coro.

No ensaio geral, procurei seguir de maneira bastante rígida a divisão do ensaio em três partes, que se configurou há algum tempo, desde que temos um repertório mais “pronto” (mas ainda precisando de ajustes). Ela é assim:

-30 minutos de aquecimento
-30 minutos com repertório já lido (fazendo ajustes)
-30 minutos para leitura

No aquecimento, comecei a desenvolver mais a questão do apoio a partir da constatação do tenor Yutaka, que “descobriu o apoio” na semana passada. Assim, procurei evidenciar o “momento do apoio” desde os exercícios de respiração (esvazia, apóia, solta o “s”).

Na fase do repertório já lido, deixamos de passar somente o Alleluia.

Na leitura, então, seguimos trabalhando o Vira virou. É estranho, parece que a afinação sempre se perde e termina alta. Os baixos conseguiram estar mais presentes depois do ensaio do naipe, mas música está arrastada, sofrida e sofrível. Hoje nem trabalhamos o Você vai me seguir. Terminamos com Shalom.

26.5.11

progressos

Hoje estive no Departamento de Música da ECA para, mais uma vez, trabalhar com a mezzo Camila. Ficamos em torno de uma hora fazendo os exercícios de respiração e de nota longa (maior parte do tempo) e passando a linha de contraltos do repertório visto até aqui, para esclarecer eventuais dúvidas. Notei que a Camila progrediu muito com esses exercícios (ela também notou). Um dos pontos em que isso pode ser mais facilmente percebido é em como ela está conseguindo controlar o fôlego (ela sentiu e eu percebi uma melhora no uso da respiração). Que bom!

19.5.11

trabalho de adaptação

Hoje trabalhei com a nova mezzo, a Camila. Em uma sala no Departamento de Música (conseguimos uma sala grande com piano bom!), passei com ela o exercício de nota longa que a professora de canto Maria Cecília de Oliveira costumava trabalhar comigo no período em que fiz aulas (2004-2006). Este exercício funciona como uma lente de aumento ou uma câmera lenta, através dos quais se é possível perceber e melhorar o som emitido. Assim, conseguimos Camila e eu logo de cara um ótimo resultado sonoro!

Além de técnica, passei as linhas de contralto do repertório lido até agora, para que a Camila se adapte no naipe novo o mais rápido possível.